sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A Partida.

Sempre que me apercebo mobilizada por algo, costumo me deixar levar por aquela sensação sobre a qual eu talvez pouco saiba falar. Entretanto, procuro deixar que essa sensação percorra o meu corpo, arrepie meus pêlos, toque a minha alma, produza lágrimas. E estas rolam seja para representar uma alegria esfuziante, seja para demonstrar a tristeza mais profunda.
O filme "A Partida" produziu algo em mim que não sei explicar pois não parei ainda para refletir, apenas senti tudo o que de mais sublime ele me transmitiu. O poder das relações entre as pessoas, as despedidas e a força da vida.
Temas tão complexos mas que são tratados no filme de forma tão singela, doce e suave que me vi num turbilhão arrebatador. Aí você me pergunta: Mas como algo tão sereno, suave, doce e singelo pode ser arrebatador? Pois é, para mim, essa é a força da vida. A sutileza dos movimentos, das falas, dos toques, dos gestos, dos olhares. É só estar aberto e em sintonia com a grandeza e a força da vida que somos capazes de nos deixar arrebatar por essa singeleza e suavidade.
O que quero dizer é que pode ser assim!
Nossa vida pode ser conturbada, o dia a dia pode ser massacrante em muitos momentos, mas nós podemos nos deixar tocar por momentos bem menos alardeantes e eletrizantes e, com isso, sermos levados a sentir e entrar numa conectividade muito mais sensível a nós mesmos. Nós podemos fazer diferente. Nós podemos valorizar momentos singulares, simples mas deveras valiosos para nossa sobrevivência psíquica, amorosa, corporal.
Será que o segredo não consiste em nos atermos à grandeza de sermos seres que sentem? Você é capaz de perceber todas as sensações e sentimentos que lhe foram sensíveis hoje?
Pois é, nós podemos fazer diferente!
bjs
ap

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