quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Quem é o outro pra gente?

Outro dia vi um filme chamado "My Bluebarry night" com o Judy Law (ahhhhh!) e a Norah Jones, e numa parte do filme ela se dá conta ou se questiona sobre quem é o outro, qual é a visão que temos do outro e, consequentemente de nós mesmos ao olharmos para o outro. Confuso,né? Pois é, mas achei extremamente interessante as questões que ela levanta, sem se dar conta de que (oLha eu já viajando..) ela precisou perambular pelos muitos cantos do país onde ela vive e esbarrar com um monte de gente para poder se ver mais de perto e, mais de perto, ter alguma noção disso que ela chama "eu"...aliás, ela e a torcida do flamengo, porque cada um com o seu cada um (eu) e a visão que tem de si e a ansiedade sempre atribulada de querer saber como os outros nos vêem.
Certamente não é do mesmo modo que vc se vê. Provavelmente porque você se vê (mesmo não querendo) por uma diagonal ou por uma transversal que ninguém mais tem acesso, só seu analista, caso tenha algum, porque, de outra maneira, ninguém vai conseguir chegar em uma gruta tão escondida como essa que você esconde de si mesmo.
Mas pra quê? Qual a função de mantê-la como gruta? O que fazer com ela? ou melhor, com isso que dela emana?
Bom, vá ver. A moça do filme precisou viajar, sair da casca e ver o mundo, ver como era vista pelos outros para poder começar a se enxergar e saber "quem ela era". Já você, posso apostar que também será capaz de encontrar uma saída para tal questão, caso a tenha. Divirta-se buscando e busque se divertir!
bjs ap

2 comentários:

  1. AP, muito interessante o comentário e é claro que vou ver o filme!!! Diria que o que mais nos mete medo nao é exatamente "quem somos" (para nós ou para o outro) mas, sobretudo, do que somos capazes!! Nessa viagem, a gente se aterroriza ou se onipotentiza com nossas proprias fantasias, esquecendo de que nao importa muito saber "quem somos", nem mesmo "do que somos capazes...". Creio que o passo seguinte é o mais importante: o que podemos fazer com aquilo que somos e que nao somos?
    "Nao sao nossos atributos o que mais importa. Sao nossas escolhas!". E a menina do filme parece ter feito uma escolha fantastica!! Vou lá conferir!!
    bjs
    Evelin Pestana

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  2. Pois é EP,
    Acabei de ver um filme (Chuva de Verão) que fala exatamente do que vc disse. Nossas escolhas são determinantes, pois sempre geram algum resultado, alguma resposta, algo retorna da escolha por nós feita e pode ser que esse retorno seja de um peso monstruoso, assustador. Estou estupefata com o "resultado" do filme, por isso esse tom drástico, mas o fato é que nossas escolhas de alguma forma representam algo nosso, algo que podemos saber ou não sobre nós mesmos. Somos responsáveis por nós e pelo que nos cerca.
    Um outro filme que recomendo é Gran Torino com o inigualável Cln Eastwood.
    bjs ap

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